Regras de Convivência

Regras de Convivência

Vida de mãe e pai é uma só: estudar e estudar para oferecer sempre a melhor criação e melhor educação para a criança. E as regras de convivência são muito importantes para isso. É através das regras de convivência que a criança vai aprender a importância de respeitar as pessoas e de ser respeitada, e é com elas que a criança vai desenvolver sua concepção de como viver e sociedade.

A Importância das Regras de Convivência

Sendo verbalmente acordadas ou não, as regras de convivência estão presentes em todas as situações. Quando vivemos em família e compartilhamos um espaço comum, são essas regras que ensinam as crianças a interagirem com as pessoas com respeito.

Quanto antes as regras de convivência forem introduzidas na vida da criança, maior facilidade ela vai sentir para socializar e absorver essas simples ações que tornam a convivência mais leve.

As regras de convivência dão uma orientação para a criança, que passa a saber como agir em certas situações, e uma coisa é certa: as regras de convivência ajudam a criança a se sentir segura e a conviver com outros adultos e crianças.

Regras Úteis em Todas as Situações

Baseadas no respeito e na empatia, as regras de convivência podem variar dependendo da situação e realidade de cada indivíduo, porém existem algumas que valem para toda e qualquer convivência:

● Peça “por favor”
Quando precisar que alguém te ajude em algo, ou que alguém faça algo para você, peça sempre “por favor”. É uma atitude simples que mostra à pessoa que você valoriza o fato de ela estar tirando aquele tempo para te fazer um favor.

● Agradeça
Um simples agradecimento demonstra que você sente gratidão por uma ajuda oferecida, por um favor, por um gesto amigo ou mesmo por um presente. Mais do que agradecer por agradecer, tente exercitar sempre o sentimento real de gratidão.

Regras de Convivência

● Peça desculpa
Errou? Assuma seu erro e se desculpe. Magoou alguém? Peça desculpa. Se atrasou para um compromisso? Se desculpe. Simples assim. Todos erramos, e isso acontece. O importante é saber assumir os erros, enfrentar as consequências e se desculpar com sinceridade.

Peça licença
Uma forma de demonstrar respeito às pessoas é pedir licença quando estiver entrando em seu espaço pessoal. Quando entrar na casa de alguém, ou no quarto de um membro da família, peça licença.

● Não grite
A não ser que você precise chamar alguém que está muito longe, uma regra básica de convivência é evitar gritar. Há estudos que comprovam que quem vive em um ambiente onde gritam muito pode ter um aumento significativo de cortisol no organismo. O cortisol é o hormônio do estresse, e ele é liberado em situações de medo e tensão.

Para uma criança, tal aumento do cortisol pode ser muito prejudicial em seu desenvolvimento físico e emocional, deixando-a mais chorona, medrosa e insegura. Essas e outras características negativas que podem se desenvolver na personalidade da criança na verdade são somente os reflexos de seu sofrimento. Mais uma vez é importante ressaltar o quão necessário é que a criança consiga se sentir segura em seu lar. Então não grite, e valorize o diálogo franco sempre.

● Cumprimente e se despeça das pessoas
Ao chegar em um ambiente, cumprimente as pessoas e aja de forma cordial. Parece ser um ato muito simples, mas um simples “bom dia” pode melhorar o dia de alguém. E quando estiver indo embora de algum lugar, como por exemplo uma reunião de amigos, se despeça de todos antes de ir.

Regras de Convivência com Bebês

As regras de convivência de uma família podem mudar um pouco quando um bebê chega, e o ideal é definir bem as funções de cada membro da família e entrar em um acordo sobre a criação do bebê. Além disso, as responsabilidades se multiplicam exponencialmente quando passamos a ter um bebê em casa, e é normal que, com isso, a convivência em família se complique um pouco.

Noites em claro, casa bagunçada, louça na pia, roupa pra lavar, pilha de fralda suja para enfrentar, e aquele serzinho perfeito, que depende inteiramente da mãe e/ou do pai para sobreviver, precisando de atenção e carinho em tempo integral. Isso tudo pode criar alguns atritos na convivência familiar, e nesse caso vale analisar o quanto desse atrito é proveniente somente do estresse da rotina diária, e o quanto pode ser causado por divisão injusta de responsabilidades, falta de diálogo, falta de intimidade, ou mesmo falta de um momento de solitude. Muitas situações podem melhorar com o diálogo honesto e franco com o parceiro ou parceira.

O respeito é sempre um aspecto muito importante em qualquer relacionamento, e ele pode ser demonstrado em pequenas atitudes. “Por favor”, “com licença”, ou mesmo um pedido de desculpas sincero, são demonstrações do sentimento de respeito que uma pessoa tem pela outra, e isso deve ser sempre valorizado em uma família. Com o bebê, não é diferente.

Regras de Convivência

De acordo com uma fala recente em suas redes sociais, para Carol Benincasa, psicóloga e mãe, existem algumas regras básicas de convivência com os bebês que acabam passando despercebidas. Uma dessas regras é respeitar e demonstrar respeito ao corpo da criança.

Atitudes pequenas, como explicar para o bebê o que você vai fazer antes de dar banho, trocar uma fralda, ou mesmo medicar, e pedir licença sempre, são atitudes que podem fazer a diferença. “Em casa, com a Helena, toda vez que eu vou trocar sua fralda, eu peço licença, quando eu vou dar a vitamina que ela toma, ou passar remedinho no nariz, eu sempre mostro antes, e peço licença. O que uma ação boba como essa pode trazer de benefício?

Na verdade você está mostrando pro seu filho que o corpo é dele, ele é o dono do corpo, e que você não vai ser intrusivo”, diz Carol. De acordo com ela, essas pequenas atitudes do dia a dia podem ajudar a construir um ambiente seguro para uma criança, onde ela se sente respeitada. A boa e velha empatia, não é mesmo? Ninguém gosta de acordar no susto com um remédio sendo enfiado goela abaixo.

Regras de Convivência com Crianças

Claro que na convivência com crianças as regras de convivência básicas se mantêm, porém existem outros pontos importantes que precisam ser ressaltados e discutidos, especialmente conforme a criança cresce e adquire maior entendimento da realidade ao seu redor.

A partir do momento em que a criança começa a adquirir maior mobilidade motora, fica claro que boa parte do seu aprendizado e desenvolvimento é proveniente da observação e reprodução de ações e atitudes dos pais. Não adianta verbalizar ensinando a criança sobre regras de convivência e bons modos, se no dia a dia você ignorar essas mesmas regras. Ensinou a criança a pedir por favor? Você também sempre peça por favor. Ensinou a criança que é preciso ouvir com atenção quando falam com ela? Saiba dar a devida atenção quando ela falar com você. Ensinou a criança a não mentir?

● Não Minta
Lembra aquele almoço que você inventou uma história para desmarcar? A criança viu. Lembra aquela festa que você inventou uma enxaqueca para não ir? A criança viu. A criança observa tudo, e sabe o que a criança vê nessas horas? Ela vê o pai ou a mãe mentindo descaradamente.

Naquele momento, em que ela ainda está se desenvolvendo e construindo sua compreensão das coisas, ela não vai discernir a mentira “socialmente aceita” (como uma desculpa para evitar um encontro social, que é algo comum e quase esperado), de uma mentira séria que pode trazer graves consequências. O ideal é nunca mentir na frente de uma criança, e especialmente nunca mentir para uma criança.

Em qualquer família, a mentira é algo devastador. A mentira acaba com a confiança, e qualquer relacionamento familiar ou amoroso precisa de confiança para sobreviver, precisa de segurança. Com a criança não é diferente. Ela precisa se sentir segura e precisa confiar nos pais. Para isso, é preciso muito diálogo, bons exemplos e atitudes que demonstrem respeito para com a criança, seu espaço e seu corpo. E não mentir é essencial para isso.

Regras de Convivência

● Compartilhe
Quando tiver algo que pode ser compartilhado com alguém, compartilhe, e ensina seu filho ou filha a fazer o mesmo. Não, não estou falando de fotos nas redes sociais, mas sim de itens ou alimentos que podem ser divididos com outras pessoas. Ensinar a criança a compartilhar é algo muito importante, pois vivemos em um mundo em que o consumismo é muito prezado, valorizado, e é fácil para uma criança desenvolver um materialismo excessivo.

A criança quer tudo, pede tudo, não divide nada com ninguém e quer sempre mais, mais, mais… Claramente a criança não fica satisfeita com nada, e nada preenche seu vazio, pois na verdade ela só está sofrendo e se frustrando ao buscar felicidade em coisas, itens. A felicidade está no amar e ser amada, nos momentos compartilhados, e não nos itens do momento. Mas a criança não entende isso a não ser que ela seja ensinada a compartilhar.

● Escute
Quando falarem com você, seja um amigo, parente ou seu filho, escute com atenção. Ninguém gosta de se sentir ignorado, e quando você escuta atentamente seu filho, ele se sente compreendido. Assim, ele também aprende a prestar atenção quando falarem com ele.

● Assuma seus erros
Parece algo simples, mas muitas vezes é algo extremamente difícil. Porém, essa é uma regra de convivência essencial. É preciso aprendermos a enfrentar nossos erros (e suas consequências), a fazer um pedido de desculpas sincero, e a dar esse exemplo às crianças.

Regras de Convivência na Escolinha

Quando a criança passa a frequentar a escolinha, certas regras de convivência passam a fazer parte da sua rotina. Além das regras de convivência já citadas, que devemos levar para a vida, as escolas aproveitam a oportunidade para ensinar também sobre regras de convivência social que prezam o bem comum, assim como regras direcionadas à vivência da criança na escola.

  • Chegar na hora certa.
  • Tratar os colegas e professores com respeito e educação.
  • Escutar as explicações e conselhos dos professores.
  • Jogar o lixo sempre no cesto de lixo.
  • Respeitar o material escolar dos colegas.
  • Respeitar o corpo e o espaço dos colegas e professores.
  • Ficar em silêncio quando o professor estiver falando.

Como Ensinar as Regras De Convivência às Crianças

Diferente de muitos assuntos que envolvem a criação de crianças, neste caso há um consenso geral de que a melhor forma de ensinar regras de convivência para crianças é a partir do exemplo dos pais. Como já dissemos aqui, de nada adianta falar uma coisa e fazer outra. A criança observa tudo, e provavelmente vai reproduzir suas atitudes.

Se a criança vê a mãe ou pai agradecendo, ou pedindo desculpa, por exemplo, há muito mais chance da criança agradecer ou pedir desculpa, quando necessário. As regras de convivência devem ser seguidas por todos os membros da família, e a criança deve ser tratada com o mesmo respeito que é cobrado dela.

Regras de Convivência

As regras de convivência devem ser introduzidas na vida da criança o quanto antes, preferencialmente enquanto ela ainda for um bebê. Conforme o bebê cresce, aproveite as situações da rotina diária para ensinar as regras de convivência ao seu filho ou filha.

Por exemplo, quando ele pedir algo, lembre-o de pedir “por favor”. Aprender essas regrinhas é um processo longo, com doses diárias. É bom sempre se lembrar de parabenizar a criança por bom comportamento e bons modos quando possível, para incentivá-la a continuar seguindo as regras de convivência. E quando a criança se comportar mal? Chame sua atenção e converse com ela.

Conforme a criança for crescendo e se desenvolvendo, explique para ela a importância dessas regras de convivência. Faça a criança pensar na forma que ela gosta de ser tratada e em como a empatia pode ser empregada na hora de lidar com as pessoas. Nessas horas, muitos pais orientam as crianças a “agir com o outro da mesma forma que gostaria que agissem com você”. Esse é um conselho que pode ser muito útil para ajudar a criança a compreender o que é o sentimento de empatia.

Outras Dicas para Convivência

Além das regras e dicas já expostas no decorrer deste artigo, existem alguns outros pontos importantes que podem fazer de qualquer convivência mais leve:

● Sorria!
Não é segredo nenhum que sorrisos geram sorrisos e grosserias geram grosserias. Que atire a primeira pedra quem nunca recebeu uma grosseria gratuita (daquelas que acaba com qualquer bom-humor), e quando menos percebeu estava sendo gratuitamente grosseiro com alguém, pelo simples fato de estar estressado e mal-humorado. A melhor forma de quebrar esse padrão? Sorrindo, sorrindo muito para todos, sempre.

● Não se Atrase
Ser pontual é uma atitude que demonstra respeito e apreço. Nunca é legal deixar alguém esperando, então se organize sempre para cumprir os horários marcados.

Pergunte como a pessoa gosta de ser chamada.
Quando conhecer alguém novo, pergunte como essa pessoa gosta de ser chamada. É um gesto simples que demonstra respeito. Vivemos em tempos em que não devemos pressupor nem mesmo os pronomes que as pessoas usam, e essa simples pergunta pode evitar que você magoe alguém.

A verdade é que essas regras de convivência — e outras — fazem parte da humanidade há séculos, e podem ser consideradas parte dos pilares da vida em sociedade. Claro que cada cultura ou comunidade muitas vezes têm regras de convivência diferentes, dependendo de fatores culturais como religião, por exemplo, mas é certo que tais regras têm origens muito antigas.

Atualizadas e adaptadas à realidade atual, as regras de convivência garantem uma vivência em sociedade baseada no respeito. Elas oferecem a base para ensinar aos filhos como conviver com outras pessoas de forma educada, tendo bons modos e respeito. Uma coisa é certa: especialmente se você tem uma criança em casa, essas regras de convivência não devem ser ignoradas!