Tudo sobre amamentação exclusiva + dicas úteis para mamãe de primeira viajem.

amamentação exclusiva

Se você quer dar uma amamentação exclusiva para seu filho, confira aqui as top 10 perguntas e respostas mais comuns sobre amamentação mais pesquisadas na internet, com certeza uma delas vai te ajudar a ter um aleitamento mais correto e satisfatório, tanto para você e mais ainda para o seu bebê.

1. O que é amamentação exclusiva?

Amamentação exclusiva é um termo recente que foi inserido por volta dos anos 90, foi também nesta época quando a OMS definiu esse termo para quando uma criança é alimentada apenas pelo leite de peito de forma única e exclusiva, sendo através da extração desse leite, da própria mãe ou também de uma ama leiteira, nenhum líquido ou sólido com exceção apenas das vitaminas, xaropes e medicamentos.

Segundo a orientação da OMS, é recomendado a amamentação exclusiva por 6 meses, porem em casos onde a criança não está crescendo de forma satisfatória só com o leite do peito , pode-se introduzir alimentos complementares antes dos 6 meses.

2. Qual a importância da amamentação exclusiva?

Além da conexão única gerada por mãe e filho no processo de amamentar, estudos comprovaram que o leite materno evita infecções nos bebês, ao amamentar seu filho a mãe também passa suas cargas de devesa (imunidade) acumulada há anos por um organismo já maduro, é uma verdadeira vacina natural que impede que vírus e outros organismos adoeçam o recém-nascido.

Sem contar que o aleitamento reduz também os gastos da família com leite artificial e mamadeiras, caso a família for viajar, por exemplo, não precisará levar vários equipamentos e aparatos na bolsa.

3. Qual a duração recomendada pela OMS?

A recomendação para amamentação exclusiva é de 6 meses, mas a amamentação é recomendada até 2 anos da criança neste caso com o complemento da com introdução alimentar.

4. Qual o benefício do aleitamento para o seu bebê?

Além da proteção contra infecções, o leite materno é fonte de nutrição poderosa, nele contem todos os nutrientes que o bebê precisa mês a mês, pesquisas mais recente conseguiram detectar que o leite das mães se adapta às necessidades dos bebês de acordo com o marcos de desenvolvimento.

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Outro ponto importante mostrado foi que, crianças amamentadas com leite artificial nos primeiros 3 meses de vida, tem um risco 60% maior de acabarem em internação por doenças diversas como a pneumonia ou diarreia contraída devido a agua contaminada.

5. quais os benefícios da amamentação para as mamães?

Apesar dos benefícios parecem ser apenas para o bebê, às mães também colhem pontos positivos em amamentar, eles são:

  • Recuperação mais rápida do parto, através da oxitocina liberada pela amamentação, o útero retorna ao seu tamanho mais rapidamente reduzindo sangramentos.
  • Redução das possibilidades de câncer de mama e ovário.
  • Redução das taxas de diabetes tipo 2, artrite reumatoide, hipertensão e colesterol alto.
  • Se o aleitamento for inteiramente exclusivo pode ser uma forma de contracepção natural se a mãe não estiver menstruando durante o período.

6. Quais as dificuldades que a mãe e recém-nascido podem encontrar ao longo do caminho?

A jornada da amamentação por vezes muito romantizada em comerciais, mostra-se relativamente desafiadora ao longo do processo.

Por vezes à ainda diversos profissionais de saúde que não sabem lidar com o dilema nas maternidades, na maioria das vezes as mães têm que aprender amamentar seu bebê sozinha, pode parecer algo simples, porem é importante ressaltar que ambos bebe e mães estão se adaptando a nova realidade.

Quando o bebe nasce ele demora em aprender os movimentos da mamada, no começo um recém-nascido pode levar ate 1 horas para mamar 50ml, entre o 2.° e 5.º dia, desce o leite como o conhecemos, nestes dias, os seios das mamães ficam enormes e doloridos, o que acontece é que organismo na mãe produz leite em excesso, para depois ir ajustando conforme às mamadas a quantidade correta, até esse processo acontecer, às mães acabam desenvolvendo rachaduras nos seios devido estarem grandes e ocorre a “pega” incorreta, fazendo com que a cada amamentação fique mais e mais dolorida.

As mães desses bebês precisam de ajuda nestes momentos, mas na maioria das vezes profissionais de saúde acabam introduzindo bicos artificiais que podem viciar ou confundir o bebê ainda mais dificultando seu aprendizado.

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No Brasil a cultura do leite artificial foi enraizada no passado pelas grandes empresas que lucram muito com isto, Muitas vezes os próprios membros da família acabam desestimulando as mães a amamentar por conta das dificuldades iniciais, em outros casos mães que antes tinham toda uma ajuda da sociedade hoje se encontram sozinhas para lidar com os desafios e muitas das vezes acabam se sentindo sem autoestima para continuar.

Crise durante o processo de lactação tem sido detectada nos primeiros meses, 55% das mães detectam uma diminuição continuam na produção de leite, algumas devido a problemas emocionais outras pela recusa da criança em continuar a usar o peito. Vale lembrar que muitas mães, acabam tendo que voltar ao trabalho após os 120 dias da licença maternidade e mesmo podendo por lei fazer a extração do leite no trabalho, acabam preferindo fazer o desmame antes dos 6 meses.

Como se não bastasse às possíveis complicações citadas adicionadas ao estresse, privação de sono, ansiedade, má alimentação, desnutrição e algumas doenças provocadas pela Tireoide e pelo SOP (síndrome dos ovários policísticos), estas podem então de fato provocar uma diminuição real do leite.

7. Como se preparar para ter uma amamentação mais satisfatória?

Procure lavar os seios apenas com água, evita passar bucha vegetal, pois isso pode sensibilizar o mamilo, tomar sol pela manhã ate às 10h ou no final de tarde após as 16h pode ajudar a deixar o mamilo mais resistente para as mamadas continuas.

Para gravidas de mamilo invertido, que são planos, é importante fazer massagem para estimular o bico para fora, também temos hoje os corretores de mamilo invertido como, por exemplo, o da marca Avent ou às conchas rígidas preparadoras de mamilos vendidas em farmácias.

Usar sutiãs próprios de amamentação pode ser interessante já no 3.° mês de gravidez, eles têm maior sustentação, procure algum que não tenha ferro, pois pode machucar com o aumento recorrente da mama.

Almofadas para amamentação é uma grande ajuda para não precisar carregar o peso da criança e cansar a coluna.

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Estude sobre as diversas pegas e posições de amamentação, isso pode evitar a necessidade de pagar um profissional mais qualificado no futuro para acertar a posição correta.

Por fim procure massagear os seios, os movimentos podem ajudar a fazer os mamilos ficarem mais salientes, é só fazer movimento na base dos seios com as duas mãos, uma em cima outra em baixo, fazendo isso 5 x em cada seios e depois repetir com uma mão em cada lateral.

8. O que fazer quando o ato de amamentar passa a doer?

Se você está sentindo muita dor ao amamentar fique atenta a alguns fatores que podem estar contribuindo para as famosas rachaduras mamarias.

  • Se o seu peito estiver muito cheio entre às mamadas, procure fazer massagem para diminuir a resistência e deixar a mama mais maleável.
  • Procure dar primeiro o peito que está menos machucado, os bebês sugam com muita força, você pode sentir muita dor se o peito estiver muito rachado.
  • Ajuste a “pega” do bebê, peça ajuda ao seu pediatra, enfermeiro ou um especialista em amamentação, pois existem diversas pegas e uma com certeza vai se adequar melhor a você.
  • Existem pomadas que podem ser usadas para restaurar o peito como a famosa Lansinol, tente também retirar um pouco do seu próprio leite e passar no bico, o leite é cicatrizante e um hidratante natural.
  • Deixe esse peito respirar, se estiver sozinha procure deixar os seios livre, ferimentos escondidos podem criar fungos e bactérias aumentando assim a infecção e vermelhidão local.
  • Apenas em último caso, use bico artificial até às rachaduras cicatrizarem, 1 ou 2 dias, voltando a dar o peito assim que houver um sinal de melhora nas feridas.

9. Como o Pai pode ajudar no processo da amamentação?

A mulher precisa de muito apoio para amamentar, porque todo um sistema foi montado há anos para fazê-la desistir e tentar o jeito por assim dizer, “mais fácil”.

Ajude sua parceira nos afazeres domésticos, procure estimular o descanso durante o dia, amamentar é bem cansativo, principalmente pelas noites mal dormidas, deixe-a descansar enquanto o bebê esta dormindo, se for possível pegar férias neste período, vai ser de grande importância para o momento.

Garanta que ela está se alimentando bem, e ingerindo líquidos, isso contribuem para uma produção de leite continuo para seu filho.
Procure ajudar a cuidar do bebê trocando a fralda e dando banho, isso vai ajudar a se conectar com ele e ainda mais vai ajudar a sua parceira entender que você também é capaz, tirando dos ombros a preocupação excessiva natural das mães nesta época, incentivando assim que ela continue se cuidando mesmo com as dificuldades.

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Mostre que esta com ela e a incentive todos os dias a continuar, um abraço um elogio só vai fazê-la te amar mais e a continuar a cuidar bem do seu filho.

Evite expô-la as emoções muito fortes, estresse pode reduzir a quantidade de leite e pode em casos mais graves até secar.

Afaste pessoas pessimistas e procure leva-la ao ginecologista para checar se está tudo bem depois de alguns meses, acompanhe-a com seu filho ao pediatra, carregar uma criança para todo lado requer esforço e músculos.

Por fim entenda que no momento você não é mais prioridade, amadureça com isso, com o tempo às coisas vão se ajeitar e você vai voltar a ter seu lugar ao sol.

10. Parei de amamentar, consigo voltar mesmo depois que meu leite secou?

Sim, consegue, esse processo se chama relactação, o procedimento usa uma espécie de sonda onde enquanto o bebê suga o peito da mãe ele recebe o alimento através desta sonda, com o tempo os estímulos contínuos da sucção aumentam a prolactina, hormônio responsável pela produção de leite, retornando assim a produção de forma gradual, o pediatra pode ou não receitar medicamento, porem na maioria dos casos, apenas o estímulo do bebê nas mamas já é suficiente.